Fibromialgia

As pessoas que sofrem de fibromialgia sentem dor e rigidez nos músculos e no tecido conjuntivo. Nos indivíduos com fibromialgia, não se observam alterações nos músculos ou no tecido conjuntivo. Por este motivo, o diagnóstico é difícil de estabelecer e também não existem medicamentos que curem a doença.

As principais queixas associadas à fibromialgia são dor e rigidez nos músculos e no tecido conjuntivo. O tecido conjuntivo está igualmente presente nas cápsulas e ligamentos das articulações, pelo que estas também podem parecer rígidas e dolorosas. Esta dor é frequentemente acompanhada de fadiga e perturbações do sono.

Adicionalmente, as queixas são variáveis, podendo num dia apresentar mais sintomas do que noutro.

Pode reconhecer a fibromialgia através dos seguintes sintomas:

• Dor nas costas, pescoço, ombros, esterno, ancas ou joelhos. Muitas vezes trata-se de uma dor persistente, latejante, ardente, cortante ou aguda
• Fadiga crónica
• Rigidez ao levantar-se de manhã ou após permanecer muito tempo sentado
• Perturbações do sono
• Perda de força muscular
• Alterações de humor, como sentimentos depressivos e ansiedade
• Dificuldades de concentração, esquecimento
• Inchaço dos dedos ou tornozelos
• Sensação de peso nos braços ou pernas
• Formigueiro nos braços ou pernas
• Sensação de queimadura na pele
• Cefaleias
• Dor abdominal

É difícil para os médicos estabelecerem o diagnóstico, uma vez que não existem alterações visíveis nos músculos ou no tecido conjuntivo. Normalmente, os médicos e reumatologistas seguem os seguintes critérios para determinar se alguém tem fibromialgia:

• A pessoa sente dor há mais de 3 meses.
• A pessoa apresenta queixas de rigidez há mais de 3 meses.
• Estas queixas de dor e rigidez estão presentes em pelo menos três zonas diferentes do corpo.
• Os pontos de dor estão presentes em ambos os lados do corpo.
• Os pontos de dor estão presentes tanto na parte superior como na inferior do corpo.
• A pessoa apresenta queixas prolongadas como fadiga, dificuldades de concentração, alterações de humor, sono de má qualidade.

Se o médico tiver dúvidas, poderão ser realizados exames complementares, como radiografias ou análises ao sangue.

A ciência ainda não sabe ao certo como surge a fibromialgia. Existem, entre outras, as seguintes teorias ou opiniões:

• A fibromialgia pode estar relacionada com a forma como o cérebro controla os músculos. É possível que, em pessoas com fibromialgia, a comunicação entre o cérebro e as glândulas hormonais responsáveis pelo controlo dos músculos esteja comprometida. Não se sabe o que provoca esta perturbação.
• Outros investigadores acreditam que, na fibromialgia, os estímulos do ambiente externo não são devidamente filtrados. Além disso, é possível que as pessoas com fibromialgia processem os estímulos dolorosos de forma diferente.
• Pensa-se também que os músculos das pessoas com fibromialgia permanecem constantemente contraídos e não relaxam, mesmo durante o sono. Como consequência, os resíduos nos músculos e no tecido conjuntivo não são eliminados de forma adequada. Estes resíduos acumulam-se e formam pontos de dor.
• O metabolismo da coenzima Q10 encontra-se alterado. A coenzima Q10 é uma substância importante para a produção de energia nas mitocôndrias. Assim, as células não produziriam energia suficiente.
• Deficiência de vitamina D.
• Síndrome do intestino irritável (SII). Entre os doentes com fibromialgia, entre 30% e 70% apresentam SII. Devido ao excesso de bactérias intestinais nocivas no intestino delgado, a parede intestinal torna-se permeável. Como resultado, substâncias pró-inflamatórias como citocinas e prostaglandinas chegam ao cérebro através da corrente sanguínea. Isto aumenta a sensibilidade à dor.
• Stress crónico. Após um período prolongado de stress, as pessoas com fibromialgia apresentam mais sintomas.

Como ainda não existe uma solução definitiva para a fibromialgia, é importante que adote igualmente um estilo de vida saudável.

Posso fazer algo por mim próprio contra a fibromialgia?

Se sofre de fibromialgia, é fundamental manter-se ativo e adotar uma alimentação saudável.

Estudos demonstram que a prática regular de exercício físico reduz os sintomas e que a inatividade pode agravá-los. O ideal é movimentar-se pelo menos 30 minutos por dia; simplesmente caminhar, cuidar do jardim ou andar de bicicleta já é suficiente. Em alguns dias será mais fácil do que noutros. Os sintomas podem até intensificar-se no início, quando começa a praticar mais exercício. Tomar um banho quente ou um duche quente pode ajudar. O seu médico pode encaminhá-lo para um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional que o poderá orientar neste processo.

Com uma alimentação saudável, o seu organismo fica menos sobrecarregado e consegue recuperar melhor.

Considere o seguinte:

• Faça três refeições por dia e opte por snacks saudáveis. Não salte refeições, pois isso aumenta o desejo de consumir alimentos ricos em açúcar.
• Evite consumir demasiada gordura animal e saturada (carnes, lacticínios, molhos, bolachas e bolos).
• Prefira gorduras insaturadas, como azeite e abacate.
• Consuma proteínas em quantidade suficiente, feijão e leguminosas.
• Ingira fibras em quantidade adequada.
• Evite o consumo de açúcar adicionado.
• Procure evitar alimentos com muitos aditivos, como aromatizantes, corantes e conservantes.
• Evite cafeína, álcool e excesso de sal.
• Beba bastante água.

Quais são os tratamentos?

Infelizmente, não existem medicamentos que curem a fibromialgia. Na maioria dos casos, o seu médico ou reumatologista prescreverá analgésicos para aliviar os sintomas.

Exemplos disso são:

• Paracetamol, eventualmente com codeína ou cafeína.
• Tramadol, um analgésico semelhante à morfina com forte efeito analgésico.
• Analgésicos anti-inflamatórios (AINEs)
• Amitriptilina, um medicamento antidepressivo. Geralmente é prescrita uma dose baixa, mas pode demorar entre duas a quatro semanas até que o medicamento faça efeito.
• Medicamentos do grupo dos benzodiazepinas. Estes são medicamentos para dormir e calmantes. Têm efeito relaxante muscular e tranquilizante.

Tratamentos alternativos

Além dos analgésicos, algumas pessoas optam por tratamentos alternativos. Pode beneficiar destes, mas não existe comprovação científica da sua eficácia.

Exemplos disso são:

• Acupunctura
• Homeopatia
• Plantas e ervas medicinais
• Suplementos alimentares

Algumas pessoas que sofrem de fibromialgia apresentam sintomas mais intensos quando a temperatura desce ou quando o tempo está húmido. Normalmente, os sintomas diminuem quando se está num país quente, mas isso também pode estar relacionado com o facto de se estar de férias e mais relaxado.

Reconhece alguns destes sintomas? A Dokteronline.com pode ajudá-lo. No nosso site, pode agendar uma consulta com um médico registado na UE, que o poderá ajudar com os seus sintomas e, se necessário, prescrever o tratamento adequado.

https://www.thuisarts.nl/fibromyalgie/ik-heb-fibromyalgie#medicijnen-bij-fibromyalgie

https://reumanederland.nl/reuma/vormen-van-reuma/fibromyalgie